"Tudo, tudo, tudo, tudo, tudo o que nós temos... somos nós." Oiço esta frase vinda do Emicida a propósito de algo que ele diz que quando nos afastamos uns dos outros é que perdemos. Este momento está no documentário AmarElo que está disponível na Netflix. Mais do que um concerto é um mapa e uma reflexão da influência da cultura negra no Brasil. Logo depois aparece um músico de seu nome Mateus Aleluia , do grupo Os Tincõas. Um grupo que começou nos anos 60 e tem sido redescoberto nos últimos anos graças ao poder do algoritmo do YouTube. No documentário do Emicida, o Mateus Aleluia conta que os negros no Brasil acordavam com o sino da igreja católica e eram reprimidos sem poder celebrar o candomblé. Há umas semanas, o Festival RecBeat gravou uma apresentação linda de morrer do Mateus Aleluia na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, em São Paulo. Será que podemos dizer que se fecha o ciclo?